A última carta

 

Todo bom livro tem sempre as melhores tropes (expressão que define uma vertente literária), nesse romance lindo e que vai fazer você desidratar de tanto chorar e que se você tiver filho vai te fazer querer abraçá-lo cada vez mais é com certeza o melhor romance/drama de 2025 na minha humilde opinião.

A editora arqueiro trouxe mais uma preciosidade da Rebecca Yarros, que conseguiu mais uma vez superar todas as expectativas dessa leitora que vos fala.

O livro acontece em cidade de Telluride, interior do Colorado, onde Ella mora com seus dois filhos gêmeos, Maisie e Colt. Ela se divide entre seus filhos e a administração de uma pousada que ela herdou de sua avó.

Por outro lado nos conhecemos Ryan e Beckett, dois soldados, mais que amigos e companheiros de batalha, verdadeiros irmãos de guerra.

Ryan, que é irmão de Ella, decide bancar o cupido do amigo e  pede para que sua irmã troque cartas com ele, e eu não sei vocês, mas eu amo um romance/drama que envolve troca de cartas ou mensagens.

Dois corações sofridos, um pelo abandono do companheiro e pai dos seus filhos, outro pela guerra, seus horrores e pela solidão da vida. Esses dois corações encontram mais do que uma linda amizade, encontram reconhecimento entre si.

Mas a vida sempre pode ficar mais difícil e a fornalha que forja os valentes sempre pode ficar mais quente. A fornalha que moldava a vida de Ella não era a mais fácil, em meio as lutas do dia a dia, a saudade e o medo de perder seu irmão para a guerra, ela descobre que sua filha está com câncer (Neuroblastoma grau 4) e tem apenas mais 1 ano de vida se tudo correr bem.

Nessa nova realidade Ella também acaba perdendo ser irmão e seu melhor amigo, o amigo que a consolava e a confortava por cartas, acaba parando de lhe escrever.

Em meio a toda essa turbulência, Beckett aparece na pousada com a intenção de cuidar dela e dos seus filhos, pois Ryan antes de morrer deixou como último pedido  uma carta onde ele dizia para Beckett que fosse ao Colorado e cuidasse de sua irmã para ele, mas o que Ella não sabia é que ele era o amigo anônimo dela.

A história é linda, tem: criança, amor, superação, cachorro. Mas como nem tudo é flores, também tem: perdas, lágrimas, luto e muita dor. 

São 448 páginas de uma jornada emocionante, onde vamos acompanhar o surgimento de uma família que não precisa de sangue, só de muito amor para existir.

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